Hoje a DO (dica organizada) será um pouco triste para os adoradores de comida japonesa... no Brasil a comida japonesa acabou tornando-se sinônimo de muita carne de salmão e atum. Vários chefs dizem que no Japão a história é outra e o consumo destes peixes não costuma ser o centro das preparações. Há quem diga que a popularização do salmão deveu-se ao fato dele ser um peixe gorduroso, o que o fez cair bem no paladar brasileiro. Há, também, uma forte campanha para o consumo de salmão e atum, anunciando que estas carnes são ricas em ômegas 3 e 6.
Mas o que você talvez não saiba é que o consumo elevado de atum e salmão é terrível para o meio-ambiente e, no caso do salmão, pode prejudicar sua saúde. Segundo uma publicação do portal eCycle, 80% do salmão que consumimos é proveniente da criação destes peixes. Além desta criação ser bastante prejudicial ao meio ambiente, os peixes recebem vacinas, antibióticos e até corantes para adquirirem a coloração própria do seu primo "selvagem". Ambos os peixes (os criados e os selvagens) costumam ser contaminados por um tipo de produto nocivo à saúde, conhecido como Bifenilos policlorados, ou PCBs. Estes compostos acumulam-se na gordura do peixe e são mais concentrados e frequentes nos peixes de criadouro. Por isso, algumas agências, como a de proteção ambiental dos Estados Unidos sugere que a ingestão do salmão selvagem seja limitada a 2x por semana, já o salmão de criadouro deveria ser ingerido apenas 1x ao mês. Além disso, para diminuir a ingestão dos PCBs, devemos preparar o salmão de forma a diminuir seu teor de gordura, seja retirando a pele e a gordura excessiva, como preferindo grelhá-lo.
Com relação ao atum, o maior problema em sua ingestão está nos impactos ambientais. Por conta da pesca deste peixe, milhões de outros animais, como os tubarões e as tartarugas, acabam presos nas redes e morrem. Tentando conscientizar as pessoas em relação à pesca predatória de atum, o Greenpeace lançou um jogo online, clique aqui para jogá-lo.
E se você quer um guia para consumir seus pescados sem peso na consciência, acesse o guia de consumo responsável produzido pela Unimonte: http://www.unimonte.br/sustentabilidade/guia-de-consumo-responsavel-de-pescados-16. Nele você encontrará a lista de peixes com sinal verde, amarelo e vermelho, em relação à sua abundância em nossos mares. Lembre-se que alguns peixes, como tilápia e truta não estarão na lista por serem peixes de água doce...